Comportamento do consumidor

A Sociedade de Consumo e suas características

As sociedades capitalistas têm uma forte dependência dos processos de consumo. Nesse tipo de sociedade as pessoas são constantemente estimuladas a consumir.

Publicado em: 24 de fev. de 2015
Atualizado em: 16 de ago. de 2021

Não se sabe ao certo a origem da expressão Sociedade de Consumo (ou Sociedade do Consumo), mas se sabe bem o que ela significa. Trata-se de um modo de organização da sociedade que é amplamente marcado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda. Mais precisamente esse desequilíbrio se apresenta como a oferta sendo muito maior que a demanda.

Em uma economia estável, balanceada e utópica, haveria um equilíbrio perfeito entre produção e consumo.

Como o desequilíbrio faz parte da economia de mercado, quando a capacidade de consumo diminui e a capacidade de produção aumenta, surge a necessidade de criar ou estimular o mercado (ou até mesmo abandoná-lo). (COBRA, 1997, p.20)

Os modos de produção pré-revolução industrial favoreciam o equilíbrio. Cada família, feudo ou cidade produzia apenas o necessário para seu próprio consumo. A produção rural e o artesanato demandavam ampla utilização de mão de obra, o que tornava o esforço de produção bastante penoso.

Principalmente a partir do Século XIX o avanço tecnológico permitiu produzir mais com menor esforço. E passou-se a se produzir mais do que o necessário para a sobrevivência.

Quem produzia em grande quantidade, naturalmente veio a sentir a necessidade de oferecer seus produtos a um número maior de pessoas. Não demorou para que os esforços para se VENDER se tornassem tão importantes quanto os esforços para se PRODUZIR os bens.

É o esforço para se VENDER que impulsionou países como Portugal, Inglaterra, Espanha e França às grandes descobertas nos novos continentes. Basta lembrar que os portugueses chegaram ao Brasil na tentativa de encontrar uma nova rota comercial para a Índia.

A oferta maior de produtos e os esforços de venda mudaram a sociedade a partir do comportamento das pessoas. Kotler e Keller (2006, p.5) afirmam que uma pessoa possui quatro maneiras de obter os produtos que precisa:

Ela pode produzir o produto – caçando, pescando ou colhendo frutos, por exemplo. Pode utilizar a força para obter o produto, assaltando ou roubando. Pode mendigar, como fazem os moradores de rua para conseguir comida. Ou então pode oferecer um produto, serviço ou dinheiro em troca de alguma coisa que deseja.

Essa nova economia amplamente marcada pela produção maior do que a demanda e os esforços de venda tão importantes quanto os esforços de produção é o que chamamos de Economia de Mercado.

E seu traço mais significativo talvez seja que, entre as quatro formas de se obter um produto apresentadas acima, o método da TROCA seja o mais privilegiado.

A filosofia estruturalista, em geral, parte do pressuposto de que o todo é maior do que a soma das partes, ou seja, quando uma estrutura é bem montada ela se torna mais poderosa e competente do que se cada parte estivesse trabalhando sozinha.

Quando aplicada às empresas, evidencia a preocupação em organizar suas partes da melhor maneira, para que a empresa como um todo funcione melhor.

Além de entender que a empresa é uma estrutura (composta de partes), pode-se entender também que a empresa é uma parte de uma estrutura maior: a sociedade.

Sendo assim, ela também deve se esforçar para que essa estrutura maior “funcione melhor”. 

Referências

COBRA, Marcos. Marketing Básico: uma perspectiva brasileira. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1997.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

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