Marketing digital

E-mail Marketing

Aplicação do Marketing Direto no contexto da internet por meio do correio eletrônico. Práticas éticas e antiéticas.

Publicado em: 04 de fev. de 2016
Atualizado em: 16 de jul. de 2021

O e-mail, surgido em 1972, é uma das principais ferramentas utilizadas na internet. Até o ano de 2011, pesquisas apontavam que “acessar e-mails” era a atividade principal desempenhada pelos internautas. Apenas após essa datas o acesso às redes sociais passou a ser a atividade mais comum. Estima-se que aproximadamente 300 bilhões de mensagens sejam enviadas diariamente por e-mail.

Toda essa atenção dispensada pelo internauta para o e-mail, certamente chama a atenção das empresas e marcas, enxergam nessa audiência uma possibilidade de entregar seus estímulos a um número maior de pessoas.

Existem pelo menos duas estratégias de comunicação que podemos implementar a partir do uso do e-mail: a News Letter Eletrônica e o E-mail Marketing promocional.

News Letter Eletrônica

Trata-se de uma estratégia de conteúdo. Uma News Letter, eletrônica ou não, é um produto editorial, ou seja, para quem recebe, o valor está na qualidade editorial do conteúdo, na seleção de assuntos, na qualidade do texto e no interesse pelo tema.

Normalmente possuem projeto gráfico padronizado, periodicidade definida e edições numeradas. Ou seja, o leitor se torna um assinante, como se fosse um jornal ou revista. Porém, ao invés de receber suas edições pelo correio físico, irá receber pelo correio eletrônico.

Esta estratégia costuma ter finalidade institucional. Os leitores são mais conscientes, sabem que estão assinando, e podem, inclusive criar a expectativa pelo recebimento de cada edição. Conteúdos exclusivamente promocionais costumam afugentar esse tipo de leitor.

Possui referência offline: boletins informativos, jornais institucionais e murais.

E-mail Marketing Promocional

São peças individuais de maior impacto visual. Não fazem parte de uma série e não criam no receptor a expectativa de receber o mesmo conteúdo com frequência.

Possuem finalidade promocional, oferecendo uma vantagem clara para o leitor. Tem  característica de anúncio publicitário.

Tem como referência off-line as malas diretas promocionais que costumavam encher nossas caixas de correio físico.

Os 4 Ps do E-mail Marketing

1º PROPOSTA: É a síntese do que a empresa está oferecendo no e-mail.  Produto ou serviço em questão. Condições como preço, promoção, forma de pagamento, local de venda. Como manda o conceito de Comunicação Integrada de Marketing, deve esta em harmonia com as outras ações de comunicação realizadas pela empresa. A compreensão da proposta de cada peça de e-mail marketing depende de sua composição visual. O layout da peça deve ser instigante e persuasivo, afinal, estamos falando de uma peça promocional.

2º PERTINÊNCIA: Assim como tudo no marketing direto, e-mail marketing só dá resultado quando é focado no público alvo. Pertinência diz respeito a quanto sua proposta é relevante para seu público alvo. O que garante a pertinência é a qualidade da lista de contato. Quem quer utilizar o e-mail como ferramenta de comunicação de marketing deve pretender melhorar a imagem de sua marca. Qualquer risco no sentido contrário deve ser evitado.

3º PERMISSÃO: (OPT-IN) Uma empresa que não tem capacidade de formar um mailing próprio, também não tem capacidade de utilizar o e-mail como estratégia de marketing. Se você ainda não tem uma lista própria, comece com uma campanha de opt-in.

4º PERMANÊNCIA: (OPT-OUT) Seus contatos devem desejar permanecer na sua lista. Se por algum motivo ele desejar sair, deixe-o. Isso não é de todo negativo. É uma oportunidade de conhecer seu target saber o que é pertinente para ele.

Métricas do E-mail Marketing

A) PROSPECÇÃO E ACUMULAÇÃO: O número de contatos em sua base de dados deve ser a primeira métrica a ser monitorada.

  • Quantos contatos há em cada segmento
  • Quantos novos contatos foram conquistados
  • Quantos cancelaram

B) NÚMERO DE E-MAILS ENVIADOS: Deveria ser igual ao tamanho da base de dados, porém alguns fatores podem fazer com que sua mensagem não seja enviada para todos:

  • E-mails com sintaxe errada.
  • E-mails duplicados

C) E-MAIL BOUNCES: São os e-mails que não tinham erros na sintaxe, mas apresentaram erros depois do envio:

  • E-mail não existe mais.
  • Domínio não existe mais.
  • Caixa cheia.
  • Mensagem recusada pelo servidor (SPAM).

D) E-MAILS ABERTOS: Os e-mails abertos são aqueles que os usuários visualizaram. Essa métrica é fundamental para avaliar a relevância do texto que você utilizou no campo assunto.

E) E-MAILS CLICADOS: Equivalente a CTR = taxa de clicks Quantas das pessoas que abriram sua mensagem clicaram na sua oferta e chegaram até sua landingpage. É possível utilizar ferramentas como o Google Analytics para obter essa métrica.

O e-mail está morrendo?

O e-mail é uma das facilidades mais antigas oferecidas pela internet, e também parece ser uma das mais arcaicas. Existem muitas ferramentas melhores que ele e não é difícil encontrar problemas em sua tecnologia. Porém, mesmo com todos os seus problemas, ele continua sendo amplamente utilizado, seja para fins pessoais ou profissionais.

Uma pesquisa feita nos EUA em 2014 com 2,6 mil trabalhadores (GILL) mostrou que não, o e-mail não está morrendo, mas está mudando, evoluindo, se aperfeiçoando. Temos encontrados novos usos para essa ferramenta e a adaptamos para a realidade do nosso dia a dia. Confira alguns dados desta pesquisa:

Quais os canais mais eficazes para a colaboração?

Quando pedimos que selecionassem todas as ferramentas em que confiam para colaboração, os entrevistados escolheram o e-mail como a melhor, por ampla margem. Os trabalhadores usam em média 19 listas de distribuição. Mas 22% gostariam que o e-mail tivesse uma contrução mais social, com "seguidores" e "amigos" autosselecionados.

  • 60% E- mail para indivíduos
  • 34% E-mails para listas
  • 23% E-mails para equipes
  • 19% Teleconferências
  • 15% Vídeo/webconferência
  • 10% Mensagem instantânea
  • 8% Facebook
  • 6%  Ferramentas de comunicação da empresa
  • 4% Linkedin
  • 3% Twitter/microblog

Como acessamos o e-mail?

A mesa de trabalho ainda é o lugar onde mais passamos tempo examinando a caixa de entrada, mas carca de 40% dos entrevistados acessam o e-mail de trabalho fora do escritório, nas horas livres. Esta é uma proporção de quanto de seu e-mail os trabalhadores acessam, em média de cada dispositivo.

  • 60% PC/laptop do trabalho
  • 11% PC de casa
  • 8% Celular
  • 5% Laptop de casa
  • 3% iPad/Tablet
  • 13% Outros

Quanto tempo gastamos com e-mails?

Em um ano os trabalhadores gastam, em média, o equivalente a 111 dias de tralhalho lidando com e-mail. A maioria gostaria de melhores funções de busca e gerenciamento de documentos. E há um bom motivo para fazer com que isso ocorra: um aumento de 10% na eficiência recuperaria mais de duas semanas de trabalho por empregado a cada ano.

  • 13% Escrevendo e-mails
  • 15% Lendo e-mails
  • 22% Outras atividades de e-mail (buscando, arquivando, gerenciando)
  • 50% Não gasto tempo com e-mail

Quanto estamos satisfeitos com o e-mail?

Embora as pessoas estejam, de modo geral, satisfeitas, a satisfação é um pouco menor quanto à capacidade de busca de e-mails e significativamente meno quanto ao gerenciamento de arquivos, que recebeu avaliação alta em apenas 44% dos entrevistados. A menor satisfação é quanto ao acesso móvel ao e-mail: só 37% de avaliação alta.

  • 25% Muito satisfeitos
  • 45% Satisfeitos
  • 23% Um pouco satisfeitos
  • 4% Um pouco insatisfeitos
  • 2% Insatisfeitos
  • 1% Não sabe

Como se divide um ano inteiro de e-mail?

A maioria é lixo. Infelizmente, os trabalhadores veem só uma pequena parte da mensagens com malwere (código malicioso), phishing/scams (fraudes para roubo de dados) e propaganda que bombardeiam suas contas todo dia. Dos e-mails que efetivamente chegam à caixa de entrada, 42% são essenciais ou cruciais e só 8% são spam.

Emails recebidos:

  • 14% Trabalho crucial
  • 28% E-mail essencial
  • 24% Trabalho funcional
  • 16% Trabalho de nível baixo
  • 10% Pessoal
  • 8% Spam

E-mails bloqueados:

  • 48% Produtos farmacêuticos
  • 13% Cópias
  • 13% Cassino
  • 7% Encontros
  • 4% Emprego
  • 3% Malwere (código malicioso)
  • 3% Phishing/scam (fraudes para roubo de dados)
  • 2% Diploma
  • 2% Programas de computador

De acordo com a pesquisa, o número de e-mails enviados a cadas trabalhador por ano é de 11.680.

Referências

ALMEIDA, Rodrigo. Os 4Ps do  E-mail Marketing. Dinamize, 2010.

GILL, Barry. O e-mail não morreu, está evoluindo. Harvard Business Review, São Paulo, V.92, N.2, p.12-13, fev. 2014

TORRES, Cláudio. A Bíblia do Marketing Digital. São Paulo: Novatec, 2009.

VAZ, Conrado Adolpho. Google Marketing. São Paulo: Novatec, 2010.

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