Estratégias de marketing
Inovação como Estratégia
O desenvolvimento de novos produtos de modo permanente e planejado é uma necessidade estratégia inquestionável no Marketing do Século XXI
Publicado em:
20 de nov. de 2015
Atualizado em:
16 de jul. de 2021
Quando estão atentas às necessidades do consumidor, é comum que as empresas acostumem-se a pesquisar inovações e a ter agilidade para lançá-las de modo pioneiro no mercado.
Sabe-se que as necessidades do consumidor estão em constante mutação. Por isso é uma boa opção estratégica para as empresas esbelecer processos para acompanhar estas mudanças e atendê-las com a oferta de novos produtos.
Em mercados competitivos em que diversas empresas disputam a atenção do consumidor, lançar novos produtos com frequência torna-se indispensável. Em outras palavras, não lançar novos produtos significa não atender aos desejos do consumidor e não atender ao consumidor pode significar o fracasso para uma empresa.
Muitas vezes, se a empresa não lançar novos produtos, vai perder terreno e colocar sua sobrevivência em jogo. (GIOIA, 2006)
Novos produtos e o comportamento do consumidor
Há uma espécie de paradoxo na relação do consumidor com novos produtos. Ao mesmo tempo em que desejamos novidades, também resistimos a mudanças.
Isso acontece porque toda decisão gera certo desconforto. Com a decisão de consumo não é diferente. O consumidor leva em conta esse desconforto ao decidir por um determinado produto.
Mudar de produto, escolher outro... São situações de decisão que naturalmente causam desconforto e (as vezes inconscientemente) costumam ser evitadas pelos consumidores.
Temos, portanto, de um lado, a empresa buscando antecipar-se e lançar novos produtos que atendem novas necessidades do consumidor de modo pioneiro, e de outro lado o consumidor, que resiste à mudança e nem sempre está preparado para ela.
Quando há um descompasso entre esses dois interesses, da empresa e do consumidor, acontece o que chamamos de Dissonância Cognitiva, ou Remorso do Comprador.
Um desconforto psicológico gerado por incoerências de opiniões, atitudes e comportamentos. (...) é uma tensão entre dois pensamentos opostos, tipicamente manifestada depois que um cliente comprou algo mas não tem certeza de ter feito a escolha certa. (SAMARA; MORSCH, 2005)
A possibilidade de dissonância cognitiva é diretamente proporcional à atratividade provocada pelos estímulos de marketing.
Quando mais expectativa o consumidor tiver em relação ao produto, maior a chance de se frustrar.
Quantificando o comportamento do consumidor
Aplicando-se a Curva Normal, ou Curva de Gauss ao comportamento médio do consumidor, temos o seguinte cenário:
Num primeiro momento, apenas poucos consumidores, os chamados Inovadores (2,5%) optarão pelo novo produto. Aos poucos uma nova parcela, os chamados Adotantes Precoces (13,5%), passarão a consumir o novo produto. Até aqui a empresa ainda não tem o volume de demanda que necessita para obter resultados consistente com o produto.
Apenas em um segundo momento as duas maiores faixas de consumidores, chamadas de Maioria Inicial (34%) e Maioria Tardia (34%) passarão a consumir o produto. Esse comportamento costuma ser adotado por cerca de 68% dos consumidores. É apenas quando esta fatia passa a consumir o novo produto que podemos dizer que ele é um sucesso no mercado.
Ainda há um terceiro momento em que outros 16% dos consumidores, chamados Retardatários, passarão a adotar o novo produto. Quando esse momento chega a empresa deve considerar a inclusão de um novo estímulo de marketing ou um novo produto no mercado.
Referência
GIOIA, M. Ricardo (coord.). Decisões de Marketing: os 4 Ps. v.2. São Paulo: Saraiva, 2006.
SAMARA, Beatriz Santos; MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo Prentice Hall, 2005.